Nadai - Como pintou a proposta de fazer o Pânico?
Sabrina – Foi engraçado. Eu fui no programa como convidada umas duas vezes, aí eles me chamaram para ir para Costa do Sauípe, numa convenção de todas as Jovem Pan, como convidada. Aí o Tutinha(dono da Jovem Pan em todo Brasil) me convidou para fazer parte do Pânico. Estou lá faz um ano e meio. Na rádio e agora na TV.
Nadai – Você esperava que o Pânico tivesse esse sucesso todo, gerando até um programa na TV?
Sabrina - Eu acho que o Pânico dá certo porque todo mundo que participa dele acredita. A gente vive o Pânico. Não é só um trabalho. É paixão. A gente é amigo e trabalha muito para ter esse sucesso. O Emílio mesmo está ajudando para caramba a divulgar a minha playboy. A gente é uma família. O que um tiver que falar para o outro é falado na hora. Sem mágoas.
Nadai – A Sabrina do Pânico é um personagem?
Sabrina – Não é bem um personagem. Vamos dizer que é a minha persona. É uma caricatura da Sabrina verdadeira. Tipo: eu sou desligada, então eu me torno mais desligada. Fico mais ingênua também. Não sei se chega a ser um personagem, mas às vezes eu já saio de casa vestida desse jeito.As pessoas já não sabem mais se eles conhecem a Sabrina ou a persona dela. O Emílio que brinca muito comigo.Ele diz que de boba eu não tenho nada.
Nadai – O pessoal do Pânico às vezes pega pesado com os convidados. Rola um clima tenso de vez em quando?
Sabrina – Você ouviu o que o Emílio falou com Supla? Ele chegou para o Supla e disse: “Eu to cansado de você. Eu sempre te ajudei, sempre coloquei a sua música para tocar na rádio e você nunca foi no meu programa de Tv, já deu o cano duas vezes.” O Supla falou que não tocava playback. O Emílio logo rebateu:” Que você não toca playback o que? Você toca playback na Xuxa, no Faustão, agora no meu programa você não quer tocar playback porque é na Rede TV? Eu toco a sua música na rádio desde que você não era nada.” Isso no ar. Brincaram. Mas o Pânico é isso. Ele mexe com a vaidade das pessoas. Ele desmascara a celebridade. Então, tem gente que tem medo do Pânico. Mas isso é coisa de quem não tem humor. Se ela tem humor, ela leva tudo na brincadeira, os defeitos, as qualidades,....
Nadai – Qual a pior pessoa que passou por lá?
Sabrina - Acho que já passaram pessoas muito interessantes. Quem passou por lá, que a gente viu que é uma pessoa legal e que antes a gente não achava, foi o Paulinho Vilhena. Ele foi lá, todo mundo ficou encantado com ele. Antigamente, a gente queria colocar as sandálias da humildade nele.Até tiramos o nome dele da lista depois disso. Mas tem gente que você acha que é super legal e chega lá e não rende. A Marieva foi uma. Eu não estava lá na época, mas o Emílio reclama até hoje. Ela chegou no programa e não queria responder nada. O Emílio chegou a mandá-la embora, mas ela ficou até o final.
Nadai – O que o público pode esperar do Pânico em 2005?
Sabrina - Eu acho que o Pânico vai estar sempre se reinventando e isso é muito legal. Ele nunca vai cair na mesmice. Além de ter um humor factual, tem um humor que é novo na televisão, aquela coisa meio do fundão da sala de aula, meio juvenil, meio humor de escola, onde você sacaneia o coitadinho. Você pega no pé daquele garoto tipo o Clodovil(rs). Então, o adolescente se identifica muito, as crianças. Na realidade é um programa família.
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